A Cutrale foi denunciada pelo Ministério do Trabalho por uso 'inadequado' de mão de obra. Aquela mesma Cutrale que foi palco de uma ocupação do MST que gerou polêmica na imprensa e sociedade. Aquela mesma Cutrale que se utiliza de terra pública da União, desde 1909, segundo informações do próprio Incra. Isso é grilagem de terra.
Vamos conhecendo melhor uma das maiores empresas no Brasil e que muitos defendem e poucos conhecem.
Fiscais  apontam trabalhador em condição irregularF0lha de S. Paulo - 16/09DE RIBEIRÃO PRETO - A Cutrale, uma  das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, foi flagrada com 62  trabalhadores rurais em condições irregulares de trabalho em Itatinga  (SP). Ao menos 32 deles viviam em alojamento inadequado.
A denúncia foi  feita ao Ministério do Trabalho que, em conjunto com o Ministério Público do  Trabalho em Bauru (SP), realizou a fiscalização. O Ministério Público afirmou  que representantes da Cutrale se comprometeram a indenizar os colhedores e a  providenciar o seu retorno para o local de origem.
Em nota, a empresa disse  que pagará os direitos previstos em lei e que seus trabalhadores têm registro em  carteira.
O mundo do trabalho semi-escravo da Cutrale 15 de setembro de 2011        Da Página do MSTAtraso nos recebimentos dos salários, um banheiro para mais de 20  pessoas nos alojamentos, buracos na terra coberto por lonas na colheita servindo  como vasos sanitário, pressão para que os trabalhadores pessam demissão. Eis o  mundo do trabalho na Cutrale. Desde o final do mês de agosto deste ano, 32 trabalhadores vindos do estado  do Maranhão, com a finalidade de trabalharem na colheita de laranja da empresa  Cutrale, em Itatinga, São Paulo, viviam em condições precárias, segundo apurou a  reportagem da TV Tem.
Além das péssimas condições de trabalho e dos alojamentos, os trabalhadores  também reclamavam do alto preço das marmitas, que segundo eles, deveria ser  R$1,25 por marmita oferecida, conforme o combinado prévio que tinham feito com a  empresa. Ao chegarem, no entanto, se deparam com o valor de R$ 12,00 por  dia.
Na visão do procurador da Justiça do Trabalho, Marcus Vinicius Gonçalves, os  trabalhadores foram aliciados pela Cutrale. “Existe todo um procedimento para  você trazer um trabalhador de outro estado (...) e a forma como isso está sendo  feita é totalmente ilícita,” coloca o procurador. Os dez trabalhadores que resolveram voltar para o estado de origem tiveram  que pegar empréstimos bancários para pagarem as passagens de volta. Os que  sobraram, somente conseguiram resolver suas situações após a intervenção de  procuradores do Ministério Público do Trabalho. A ida desses procuradores ao local, obrigou a empresa a se comprometer em  rescindir o contrato de trabalho, pagar os benefícios que faltavam e os enviar  novamente para o Maranhão.
Cutrale mantinha 32 trabalhadores em regime de escravidão Da Radioagência  NPA maior produtora de suco de laranja do mundo, a empresa  Sucocítrico Cutrale, mantinha 32 funcionários em condições precárias de trabalho  em sua unidade do município de Itatinga (SP), interior do estado de São  Paulo.  Os próprios trabalhadores, que atuavam na colheita de laranja,  denunciaram a situação ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Na manhã  desta quarta-feira (14), ao chegar no local,  a fiscalização constatou que  os 32 habitavam uma única residência. Ela estava em péssimas condições de  higiene e conforto, sem existência de vestiários, cozinha, ventilação e  iluminação adequada. Além disso, pagavam R$ 24 por dia pela alimentação e  recebiam salários de apenas R$ 620.
Os trabalhadores, que vieram dos  estados de Sergipe e Maranhão, chegaram em setembro na região, já endividados  pelas despesas de transporte e alimentação. De acordo com o procurador da  Justiça do Trabalho, Luis Henrique Rafael, a Cutrale é responsável por toda a  situação.
“Quando ela faz a contração de trabalhadores de outros estados,  existe uma instrução normativa do Ministério do Trabalho obrigando que o  registro da carteira seja feito no estado de origem do funcionário. Isso garante  que os trabalhadores, durante a viagem, sejam protegidos pelo contrato de  trabalho e tenham benefícios se acontecer algum acidente. Porém, ela aceitou  essa situação e não fiscalizou. Por isso, é responsável pelas condições  degradantes do alojamento.”
Após o flagrante, a empresa se comprometeu a  indenizar os trabalhadores. Eles retornarão aos seus estados e receberão as  verbas decorrentes da rescisão do contrato de trabalho.
A empresa Cutrale  sofre processo na Justiça por ocupar, ilegalmente, 2,6 mil hectares de terras da  União no município de Iaras (SP), também no interior de São  Paulo.