Este texto aqui vai mais como incentivo do que como uma indicação. Ouvir uma música não é simplesmente ouvir uma música. A mística que envolve este momento em qualquer parte do dia é de fundamental importância. Não tô dizendo que toda vez que a gente for escutar algum som a gente precise fazer uma reza, dar três pulinhos e uma rodadinha na ponta do pé, mas que é preciso valorizar este momento para estar atento à todos os detalhes... TODOS.
Por isso valorizo uma vitrolinha velha e um bom disco na agulha. Um vinil no sebo: R$ 5,00, uma vitrolinha: R$ 100,00 (junta o troco do pão vai?!), o ruído que sai de um bom e velho disco não tem preço!!
Eu cresci ouvindo vinis. Lá na casa da minha mãe tem vários. NINGUÉM ousa tirar de lá... Aquele acervo foi construído com muita história por mamãe e papai. Sempre fiz a referência de que minha mãe fosse o lado mais MPB, e que meu pai a parte rock n’ roll, não que os dois não se amarrem em tudo que está ali. Lembro que passava tardes inteiras vendo as capas, lendo as letras, tirando e colocando os bolachões na vitrola.
Tenho uma ótima memória dos meus três anos. É sério! Da adolescência não lembro quase nada, por isso tenho a minha amiga Anna Júlia como auxiliar... que sempre me lembra coisas que fizemos. Algumas boas, outras nem tanto. Mas esquece. Enfim, lembro bastante do meu cotidiano de três anos, até mesmo porque não era muita atarefada, não tinha uma vida social super ativa nem nada, mas uma coisa não faltava: Dire Straits!! Ah! E suco de beterraba.
Pois é. E dentre os tantos bons hábitos que, digamos, herdei, tem este de valorizar o vinil. Depois, isso se manifestou pela paixão pelo Hip Hop, pela discotecagem... E quando fotografo, dá pra perceber que admiro muito a arte das pick-ups.
Lembro também que me desfiz dos meus vinis da Xuxa... kkk. Lá no setor comercial sul tinha um cara do lado do trampo que ficava vendendo vinis e eu resolvi fazer a limpa lá em casa e trocar por algumas coisas mais atuais para mim... E hoje, ainda, graças ao meu companheiro, ainda temos uma vitrola para degustar bons sons. E aqui perto de casa também tem vários sebos. A última aquisição foi a trilha sonora do The Who, Tommy. Não melhor que o original do The Who cantando, mas com boas interpretações. Aqui vai um trecho do filme com a Tina Turner cantando Acid Queen. E também, uma das músicas do filme com a versão do próprio grupo, Pinbal Wizard.
E considerando que todas as fábricas de vinis faliram, e que ainda uma resiste, somo ao coro dos amantes dos bolachões incentivando o uso, a propagação e a compra destes objetos tão valiosos. Um vinil por semana!
Ouça vinil! Propague esta idéia!
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